Considerar a possibilidade de reurbanização das cidades dando prioridade ao ser humano, esquecido com as teses importadas.
sábado, 21 de setembro de 2013
Inconsistências curitibanas - quem manda em Curitiba - a ANEEL? A COPEL? Concessionárias? E a acessibilidade?
Postado por
relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA
às
19:50
2 comentários:
Marcadores:
redes aéreas
Guerra aos postes, galerias e canalizações mal feitas
As florestas de concreto e aço – um grande negócio para as
concessionárias
Reurbanização e segurança para pedestres
O maná para as empresas de distribuição de qualquer coisa é
a verticalização das cidades.
Um prédio é uma rua cravada num espaço pequeno, substituindo
uma enorme área horizontal que seria necessária, aonde as estruturas materiais
e humanas das empresas que entregam produtos, água, gás, eletricidade e
serviços chegam até as portarias, sendo responsabilidade do condomínio ou do
proprietário levar o “recebido”, muitas vezes mediante recibo na portaria, até
a gaiola onde mora o cliente da concessionária.
Imaginem quantos quilômetros de ruas e avenidas (e canos,
caminhadas, cachorros, cabos, combustíveis, demolição de calçadas etc. seriam
necessários para atender o mesmo número de famílias e empresas) que um edifício
de grande porte substitui.
Graças aos grandes prédios funcionários, redes, entregadores
de correspondência, leituristas, canos e fios param na portaria.
Seria interessante o debate sobre o tema “custo de grandes
consumidores urbanos e a possibilidade o aprimoramento de serviços”.
A questão é: como poderiam compensar seus clientes e a
população da cidade com padrões melhores de atendimento?
Por favor, não falem simplesmente em baixar tarifas, esse
discurso demagógico, oportunista, irresponsável e reducionista pode levar
muitos lugares desse imenso Brasil a uma regressão perigosa de qualidade,
segurança e confiabilidade. No intuito
de reduzir custos muitos desprezam riscos e a importância da qualidade da
manutenção e de instalações, o que vale é taxa interna de retorno (TIR) e
outros indicadores de ganhos financeiros. Exemplo disso serão os efeitos da MP
579 (MP 579 -
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 579, DE 11 DE SETEMBRO DE 2012.) sobre o Setor
Elétrico. Ela coloca em risco a qualidade de conservação de grandes barragens e
equipamentos para geração de energia elétrica. É o resultado da ignorância de
pessoas que nunca trabalharam em manutenção e operação de grandes usinas
decidindo coisas que não entendem. O inferno está cheio de almas que tinham
boas intenções.
Atos temerários já causaram imensos acidentes em muitos
países...
Absurdamente a alienação em relação às qualidades positivas
dos serviços essenciais é enorme. Clientes, usuários e consumidores ficam com o
que a mídia impõe e ministros, governantes, as agências reguladoras entendem (e
a FIESP, pelo jeito). Com certeza em muitos lugares desse imenso Brasil o povo
local não conseguiu criar e manter boas empresas; não é o caso da COPEL e
CEMIG, por exemplo.
Morar nos andares superiores de algum “arranha céu” como
dizíamos antigamente significa uma enorme dependência da eletricidade. A
distribuição, transmissão e geração de energia elétrica é assunto essencial à
segurança e aprimoramento de nossas metrópoles; por muito pouco elas não foram
submetidas a outro racionamento (Ilumina -
Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico) . As empresas
distribuidoras de energia, água, sistemas de comunicação e as concessionárias
que coletam esgoto assim como as prefeituras e seus sistemas de coleta de águas
pluviais, o transporte coletivo urbano, serviços de lixo, Correios usam,
degradam, agridem calçadas, autênticas faixas de servidão.
Geradores de emergência e outras coisas dessa espécie podem
significar acréscimos de riscos e poluição sonora, química etc..
Ou seja, é hora de abrir fogo contra postes e similares.
Curitiba, por exemplo, pode, merece e precisa de redes subterrâneas em muitas
de suas ruas e avenidas.
A união faz a força e pode produzir qualidade,
confiabilidade, segurança.
Com certeza não é agradável às concessionárias abrir esta
discussão. Do jeito que está é bom e se mexer pode dar m...
A Copel, uma estatal a serviço do povo, por exemplo, já
propôs parcerias [ (A COPEL E A EVOLUÇÃO DAS REDES DE
DISTRIBUIÇÃO) ,
(Guia para Municípios e Empreendedores) ].
Redes subterrâneas, se feitas em consórcio entre todas as
concessionárias e a prefeitura, viabilizarão a reurbanização a favor do
pedestre, ciclista, pessoas com deficiência, idosos, crianças etc.
Absurdamente a cidade convive com ambientes degradados e
hostis ao cidadão comum e àquele que aprecia caminhar onde possível (Degradação
das redes aéreas de distribuição e conexão) .
O discurso exaustivo e fácil a favor de tarifas mínima e
inviabilização de concessionárias sob gestão integrada à população local (as
federais, principalmente, são comandadas por tecnocratas em Brasília) dão a
impressão de impotência e criam sentimentos fatalistas, quando, na realidade, o
que é decidido pelos poderes legislativo e executivo pode e deve sempre estar
sujeito a correções.
Decisões em polos distantes afastam a sensibilidade “custos x
benefícios” e “responsabilidades x direitos”.
Ainda que submetidos a modelos institucionais perversos,
existe espaço de otimização se os prefeitos, por exemplo, partirem para a
investigação das leis municipais e a exploração de seus poderes a favor do
povo.
As cidades bem atendidas significam melhor qualidade de
vida, algo que, infelizmente, raramente encontramos na periferia (por exemplo
dramático). Nos arredores das grandes cidades o pesadelo é total. Gente expulsa
ou que abandonou suas cidades de origem onde pelo jeito tudo era pior e aqui
até podem se sentir bem, mas que estão abaixo de níveis elementares de
qualidade de serviços; uma realidade que nossos tecnocratas deveriam conhecer
melhor.
Podemos e devemos aproveitar a racionalização dos serviços essenciais
a favor da inclusão, mobilidade do pedestre e ciclista. É um dever de empresas
que fizeram de nossas ruas e calçadas autênticas, explícitas e terríveis faixas
de servidão. Critérios de tempos de penúria continuam valendo em cidades que
agora despontam como grandes metrópoles; é justo?
A adoção de redes subterrâneas reduzirá acidentes, a
poluição, a fragilidade dos serviços. Os ganhos são imensuráveis se tudo
acontecer de forma honesta e competente.
BNDES, bancos internacionais e até recursos orçamentários
podem e devem ser usados de forma a se poder desenvolver essa transformação.
Estamos comemorando dias de defesa de idosos, PcD, contra a
poluição “sem automóvel” etc.
Festas são boas, vamos resolver problemas?
Cascaes
21.9.2013
(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento
Estratégico do Setor Elétrico:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/secoes/home.asp
A COPEL E A EVOLUÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO. (s.d.). Fonte: COPEL:
http://www.copel.com/hpcopel/redesub/apresentacao.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Degradação das redes aéreas
de distribuição e conexão. Fonte: Serviços Essenciais:
http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/2012/02/degradacao-das-redes-aereas-de.html
MP 579 - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 579, DE 11 DE SETEMBRO
DE 2012. (s.d.). Fonte:
planalto.gov.br:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/mpv/579.htm
Utilização e Aplicação de REDES DE DISTRIBUIÇÃO
SUBTERRÂNEAS. (s.d.). Acesso em 23 de
1 de 2013, disponível em COPEL: http://www.copel.com/hpcopel/redesub/
Postado por
relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA
às
13:01
Nenhum comentário:
Marcadores:
acessibilidade,
poluição,
Reurbanização Inclusiva,
serviços essenciais
Assinar:
Postagens (Atom)