sábado, 5 de novembro de 2011

Reurbanização Inclusiva – RI – Uma revolução positiva.

O Brasil foi obrigado a viver com o cinto apertado durante décadas. Graças à irresponsabilidade de alguns governos e a atuação do FMI e alguns iluminados conseguimos, com um tremendo sacrifício, sair do sufoco.
As grandes nações não tiveram piedade. Impuseram suas regras e continuaram com as restrições ao que produzíamos. A crise não teria existido se as cotas, bloqueios e sobretaxas não existissem. A parte do Leão era dos importadores e compradores de bens brasileiros e ficávamos com as migalhas.
Parabéns às posições firmes de nossa Presidente, Sua. Excia. Dilma Rousseff; aos poucos as Cortes e cartéis vão descobrir a personalidade da nossa Presidente, com P maiúsculo.
O tema, contudo, é a reurbanização das cidades brasileiras.
Diante de projetos megalomaníacos e a cornucópia da Copa do Mundo e Olimpíadas podemos pensar em redistribuir verbas e fazer mudanças sobre o que nosso povo precisa urgentemente.
Não vamos falar da Segurança precária, hospitais em condições precárias, da Educação deficiente, das estradas de ferro que não existem assim como da navegação de cabotagem, num país com rios imensos e oito mil quilômetros de costa desprotegidos por uma Força Armada desmontada. ONGs estrangeiras trabalham duro para aceitarmos as teses de Jean Jacques Rousseau. A tecnocracia e leis “modernas” e mal feitas matam o Brasil.
O tema é refazer as cidades (um caminho existe, apesar de tudo).
Com surpresa descobrimos no portal da Copel (REDES DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEAS) um tratado sobre linhas subterrâneas. Um engenheiro da CEMIG, nossa mestre espiritual, apresenta um slideshare (Bernis) interessante. Os dois espaços públicos devem ser vistos por nossos técnicos, prefeitos, governadores, ONGs etc. e, principalmente, por aqueles dedicados a pessoas com deficiência, os ciclistas, os idosos, os pais de crianças etc.
Obviamente não adianta ganhar espaço para passeios se eles são invadidos por automóveis, ambulantes, pilhas de lixo, orelhões, placas de trânsitos, abrigos extravagantes etc. ou abandonados sem manutenção.
Fazê-los e mantê-los exige competência técnica e política, temos?
O que importa, contudo, é descobrir que podemos mudar nossas cidades investindo, vejam bem, gastando com retorno financeiro e recuperando a mobilidade sem automóveis de inúmeras ruas.
Aprendemos a utilizar automóveis até para comprar pão na esquina, afinal até lá e voltando poderemos ser assaltados, atropelados, agredidos por matilhas, cair em buracos, pegar alergia por flores mal escolhidas, enfiar o pés na lama, esbarrar em postes e orelhões, desviar de carros estacionados nas calçadas, passar por trechos sem passeis e disputar espaço com tudo.
Essa situação pode mudar se dermos espaços adequados a todos os cidadãos, pedestres, ciclistas, motoristas e motocicletas.
Com as propostas para redes subterrâneas da Copel e da Cemig isso mostra poder começar em poucos meses e apresentar os primeiros resultados em menos de um ano. Em Curitiba é fácil, afinal a PMC investe pesado para resolver as dificuldades dos nossos queridos motoristas. Binários e revitalizações teriam o apoio da COPEL, que certamente seria ajudada pela SANEPAR, COMPAGÁS, empresas de telecomunicações, lixo, a própria PMC (drenagem) e muitas lideranças dedicadas a essas questões se o Governador e prefeitos se unirem com esse propósito.
Estamos nos aproximando da época de renovação de grandes concessões de serviços públicos; além da simplória e perdulária proposta de redução de tarifas, poderemos lutar pelo aumento de qualidade e respeito absoluto às pessoas com grandes, médias e pequenas deficiências além da mais pura sustentabilidade do planeta.
Poderemos ter um avanço extraordinário de qualidade com as redes subterrâneas.
ONGs, lideranças, CREAs, Sindicatos, CONFEA, OAB, Ministérios Públicos, Poder Judiciário (aplicação das leis a favor das pessoas com deficiências), PROCONs, gente responsável e preocupada com a violência etc., todos deverão pensar e lutar por esse aprimoramento que não é novidade nos países mais desenvolvidos.
Teremos as facilidades de novas tecnologias, muito mais baratas (se aplicadas honestamente), eficazes (se a Lei 8666/93 e o Ministério Público permitirem), com o apoio da ABNT e do INPE se houver capacidade de definirem normas de interesse nacional, se os legisladores, principalmente das cidades, firmarem posições a favor dos seus cidadãos, tudo isso viabilizará uma autêntica revolução, a Reurbanização Inclusiva.
Vimos que dinheiro existe. Com uma facilidade incrível aparecem bilhões de reais para projetos mal concebidos e sem lógica adequada de prioridade. Parece que o mal grego, que contaminou os brasileiros, começa com uma olimpíada ou algo parecido.
O povo brasileiro precisa mudar, para isso é fundamental que nossas lideranças sejam escolhidas com mais cuidados, civis e políticos. Ficamos surpresos quando vemos determinados nomes ocupando cargos estratégicos, de onde, cara pálida, esses indivíduos sabem o que fazer?
Talvez aos poucos a Presidente Dra. Dilma Rousseff corrija metas e projetos. A luta é feia. Os patrocinadores de campanha querem receber o pagamento dos “favores” prestados. Devemos acreditar em algo, ela é nossa esperança e não tem decepcionado. Pelo menos não usa de subterfúgios para salvar “aliados da base parlamentar”, como aconteceu no governo anterior.
Precisamos de governo lúcido, eficaz e responsável para termos condições de acreditar no futuro do Brasil.
A Reforma Urbana é possível e deve ser nossa prioridade.

Cascaes
5.11.2011

Bernis, R. (s.d.). Redes subterraneas na CEMIG . Fonte: VI CIERTEC: http://www.slideshare.net/jsestrem/redes-subterraneas-na-cemig
REDES DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEAS. (s.d.). Fonte: Companhia Paranaense de Energia - COPEL: http://www.copel.com/hpcopel/redesub/redes_distribuicao_subterraneas.html


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