sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Acessibilidade - a teimosia e padrões nocivos ao povo - petit pavê





De: João Carlos Cascaes
Enviada: Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013 11:45
Para: 'Ricardo Mesquita'
Assunto: RES: Proposta de Seminário sobre conclusão e entrega de imóveis E OBRAS PÚBLICAS, o respeito à legislação sobre ACESSIBILIDADE
Ricardo

No caso do IPPUC e Praça Afonso Botelho vale uma ação judicial específica, como fizemos com a Av. Marechal Deodoro.
O posicionamento do IPPUC é evidente, confessado, explícito, ou seja, existe “dolo”.
Em qualquer tempo essa ação poderá acontecer, principalmente por parte de quem for vítima do petit pavê.

Cascaes
20.12.2013

De: Ricardo Mesquita 
Enviada em: quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 19:01
Para: João Carlos Cascaes
Cc: 
Assunto: Proposta de Seminário sobre conclusão e entrega de imóveis E OBRAS P ÚBLICAS, o respeito à legislação sobre ACESSIBILIDADE

Cascaes 
sua sugestão é bastante oportuna, mas também devemos dar uma especial atenção aos projetos desenvolvidos dentro dos órgãos públicos.

Esta semana me deparei no site da prefeitura, com o projeto de remodelação da pça Afonso Botelho prevendo a execução das calçadas novamente em petit-pavè, alegando ser um modelo "estruturado" e "lixado". Ora, sabemos que além do fato de soltar-se com facilidade outra característica que depõe contra este revestimento é o fato de ficar extremamente escorregadio ao ser polido pelo uso. Existem laudos, como de um geólogo da UFPR que afirmou o seguinte:

As rochas utilizadas para fins de calçamento sofrem solicitações naturais
e artificiais, que provocam desgaste, perda de resistência mecânica,
fissuração, manchas, formação de crostas (eflorescência de sais), mudança
de coloração e escorregabilidade. As solicitações naturais estão
relacionadas ao intemperismo geológico, deformação (tectônica e atectônica
que não ocorre em Curitiba) e erosão. As solicitações artificiais estão
ligadas à lavra, beneficiamento, manuseio, uso, aplicações e excesso de
tráfego.

As alterações mais importantes ocorrem pelo ataque físico-químico dos
minerais constituintes das rochas, podendo-se destacar para o caso da
calçada “petit pavê” de Curitiba alguns parâmetros conhecidos:

- a parte branca é constituída de rochas dos tipos dolomito e calcário (
minerais calcita e dolomita principalmente). Calcita e dolomita, que são
carbonatos e principais constituintes da rocha esbranquiçada da calçada,
sofrem ataque de todas as soluções aciduladas; o elevado tráfego produz o
alisamento da superfície e com presença de água se tornam escorregáveis.

- a parte preta ou escura é constituída por basaltos, gabros ou diabásios.
A mineralogia dessas rochas é composta de minerais máficos (escuros), que
são mais alteráveis por oxidação que os demais minerais claros,
salientando-se que alguns deles (mineral máfico), degrada-se por insolação
e modifica o padrão cromático da rocha; quando oxidados e com alto tráfego
também terão o processo de escorregabilidade induzida.

Ora, o decreto 1066 estabelece apenas 3 modelos de revestimentos: placa de concreto, blocos de concreto intertravados e CBUQ (asfalto).

Sabemos de relatos Brasil afora, (inclusive da queda da Beatriz Segall), afirmando a precariedade e perigo que este revestimento do tempo da pedra lascada oferece aos transeuntes, notadamente idosos e pessoas com deficiência !!

Proponho que seja incorporado com a máxima urgência este Seminário, com o módulo calçadas e projetos públicos.
Antes disso, devemos pedir vistas a todos os projetos que estão em andamento das praças de Curitiba e opinar sobre suas características,
se estão de fato cumprindo as leis e normas de acessibilidade.

Um abraço acessível e sustentável
Ricardo



Em 18 de dezembro de 2013 13:41, João Carlos Cascaes <jccascaes@onda.com.br> escreveu:
CL Professor

O tema é atualíssimo.
Abraços e grato pela manifestação de apoio.

Cascaes

De: 

Enviada em: quarta-feira, 18 de dezembro de 2013 12:49
Para: 
Assunto: Re: Proposta de Seminário sobre conclusão e entrega de imóveis, o respeito à legislação sobre ACESSIBILIDADE



Prezado Amigo Cascaes,
Gostei da sugestão. Tem todo o meu apoio nesse Seminário.
Abraços
PMJF CL Tosihiro Ida




Em Qua 18/12/13 11:40, João Carlos Cascaes
 escreveu:


Prezado e MD Presidente do Instituto de Engenharia do paraná
Eng. Cássio José ribas de Macedo
Assunto: Respeito à legislação sobre Acessibilidade
Proposta: Seminário sobre conclusão e entrega de imóveis, o respeito à legislação sobre ACESSIBILIDADE

Prezado amigo

Sugiro a realização urgente de seminário sobre avaliação, certificação e recebimento de empreendimentos imobiliários e o respeito dessas à Legislação existente sobre acessibilidade e inclusão.
Provavelmente muitos empreendedores e futuros condôminos assim como profissionais de Arquitetura, Engenharia etc. possam estar mal informados sobre causas e efeitos das leis brasileiras.
Sugiro convidar a Câmara de Vereadores de Curitiba, OAB, MP, AMAPAR, CREA, CAU, etc., universidades, ONGs e associados do IEP para este evento que poderemos formatar adiante.
Os artigos, livro e filme sugeridos abaixo expressam minha opinião e ponderações pertinentes.
Atenciosamente e no aguardo de vossa orientação
Nossos votos de um feliz Natal e muita saúde, força e vigor em 2014

João Carlos Cascaes
Curitiba, 18.12.2013
  1. http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/12/inclusao-construindo-uma-sociedade-para.html
  2. http://idososbrasileiros.blogspot.com.br/2013/12/predios-novos-e-acessiveis-um-direito.html
  3. http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/2013/12/acessibilidade-ja-urgente-imediata.html
  4. http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2013/12/imoveis-novos-obrigacao-de-fazer.html
  5. http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2013/11/a-inclusao-universal-uma-necessidade-e.html
  6. http://conhecendoaadfp.blogspot.com.br/2013/12/o-arquiteto-e-urbanista-ricardo.html


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